A Odontologia Antroposófica é uma odontologia complementar que se baseia numa visão ampliada do ser humano, além do seu aspecto corporal, valorizando sua relação com a natureza, sua vida psíquica e sua individualidade.
Ela é uma ampliação da odontologia acadêmica e atende o ser humano nas suas diversas dimensões, buscando uma verdadeira arte de curar, procurando harmonizar os componentes sensíveis e supra-sensíveis do ser humano.
Os cirurgiões-dentistas antroposóficos colaboram para a humanização da odontologia, respeitando os seus progressos científicos, ampliando os recursos terapêuticos à partir de uma compreensão mais profunda do ser humano, tanto no seu estado de saúde como na doença. Isso significa que os diagnósticos e os tratamentos seguem os princípios da odontologia convencional, ampliados por uma frutífera visão global do ser humano.
Os fundamentos da medicina antroposófica nasceram à partir do trabalho conjunto de uma médica holandesa, a Dra. Ita Wegmann, e do filósofo nascido na região que seria mais tarde a Yugoslavia, Rudolf Steiner (1861-1925), no início do século XX. A Medicina de orientação antroposófica corresponde a uma das numerosas áreas de aplicação prática da antroposofia, fundada por Steiner.
As diversas características do homem eram então explicadas pelo fato de os elementos existentes nele serem “temperados” de diversas maneiras. Fazia-se distinção entre quatro elementos: “terra”, “água”, “ar” e “fogo”, que em cada pessoa se misturam de modo diferente. Dessa mistura depende a especial evidência de um temperamento, pois existe uma estreita relação entre os chamados quatro elementos e os quatro temperamentos:
” o melancólico”, “o fleumático”, “o sanguíneo” e o “colérico”.
O medo de dentista, por exemplo, é muitas vezes proveniente de uma série de circunstâncias, que se não consideradas, conduzem a uma condição em que ninguém vê ninguém, ou seja, o profissional não tem olhos para esta individualização do caso, e o paciente perde a oportunidade de um cuidar-se mais atencioso e efetivo.
Os recursos dependem muito da formação profissional, e pela nossa experiência, o conversar pode ser liberador, e a Antroposofia um recurso que encurta caminhos. Desta forma, o tratamento dentário passa a ser uma experiência prazerosa e única, pela possibilidade de ser transformadora.